Veríssimo Fatalidade
Contador de histórias ou qualquer coisa
Hoje conto-vos a história de alguém que quis ser super-herói.
E foi? Perguntam-me. Não sei. Quem lá esteve vendo é que sabe. Era alguém, pelo
menos isso, alguém que quis ser super-herói. Não lutava contra vilões, nem
ladrões, barões, canhões, camiões, e outras coisas acabadas em “ões”, de facto,
não o fez ou fazia ou continua a fazer. Mas, deveria fazê-lo? Será esse o
pedaço de cobre que falta para que a luz se acenda? Espero que não. Há pessoas…
Interessa mais algo? Para eles não. São poucos os que estendidos perante a bênção
com três desejos, pedem que lhes abram o peito, que lhes troque tão magnífico
órgão, que suporta as dores de um mísero miolo, o sabido, por um mar de
malmequeres. Só chacha, e os super poderes? Pensam. Ainda querem mais deles?
Não vos chega uma pétala? Uma pétala de bem me quer, bem me quer? Enganou-se, o
parvo, é mal me quer? Continuam pensando. Não! O mal me quer eles guardam-no.
Para quê? Para vos privar de tal desgosto que seria mostrar quem realmente
sois. Diretamente, eu fui, eu vagueei, e voltei. Ora, não vos chega isso?
Querem o malmequer todo? Pobres dos super-heróis que não te dão o que tu queres,
apenas o que não queres… Pois, eu contentava-me com as pétalas, gostaria que
assim fosse, não posso, não me pertencem, assim o é, o que é da Natureza, à
Natureza volta. Assim é. Mas e a última pétala? Será mal me quer ou bem me
quer? O que acontece aos pobres coitados dos super-heróis se lhes calha um mal
me quer como pétala final? Não querem saber? Pois. E um bem me quer? Não, é
nenhum bem. É o caminho que todos percorremos, seja bem ou mal, o fim é o mesmo
do vosso. Então, não são nenhuns super-heróis. Já se sabia. E pensam. A verdade
é como duas garrafas distintas, iguais no vidro mas diferentes no interior,
mesmo vazias… A verdade é única. A verdade é o que já foi vivido, não o que
falta viver. Prova disso é que eu falei em três desejos e só se sabe de dois. O
terceiro? Mentira? Parem de pensar. Não me bombardeiem mentalmente. Falem. E
qual é? Não sei. Não sei mesmo. Esperemos que não seja mentira…
1 comentário:
caro veríssimo, tenho-lhe a dizer que estou completamente confusa com este texto. mas completamente completa.
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